Quem se lembra do Hugo?

H oje venho estrear uma nova coluna: Do Fundo do Baú.

Nesta, estarei voltando no tempo e comentando as melhores (ou piores) velharias, resgatando lembranças, aflorando aquela gostosa sensação de nostalgia e revivendo um pouco da sua/nossa infância. Afinal, já diziam por aí, recordar é viver!

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Abrindo o tema, ele e sua família, que certamente renderam aos seus pais um pequeno aumento na conta telefônica: Hugo.

Ueeebaaa! Anão, duende, um elo perdido. Seja o que Hugo for, uma coisa é certa: Seu programa cativou muitos e muitos telespectadores daqueles anos. Como não lembrar de suas inúmeras frases engraçadas, compostas todas por rimas? E suas aventuras, que passavam por florestas, montanhas e até mesmo mergulhos e aviões?

Com pioneirismo, Hugo era um programa de tv apresentado diariamente na antiga CNT Gazeta; na qual o personagem principal, de mesmo nome, tinha a missão de salvar sua família da terrível bruxa. E era aí que o telespectador entrava em cena, como em um jogo de videogame, o jogador-telespectador comandava o Hugo em diversos cenários. Seu objetivo era, com o uso exclusivo do próprio aparelho de telefone, guiar o personagem em computação gráfica, em uma única determinada fase, e quando completada, entrar na caverna e chutar o traseiro da bruxa má para então salvar sua família. Assim, a galera ligava para o programa, sem direito a “0800”, tentando por varias vezes serem os escolhidos a brincar ao vivo.

O telefone era o controller, e apertando suas teclas, Hugo ia para a esquerda, direta, cima, baixo, dava saltos, agachava-se, mergulhava, entre outras ações. Sempre com a ajuda dos apresentadores reais. Tudo tremendamente simples, inocente, tosco e com uma maneira totalmente diferente de interação. No mais, o jogador também tinha a tarefa de recolher sacolinhas que lhe garantiam pontos, somados no final da fase com o intuito de, caso tenha sido o maior pontuado do dia, faturar o Kit Hugo, composto por boné, camiseta, entre outros itens.

Ao longo do sucesso da programação, novas fases chegaram a estrear, algumas muito criativas, como o pântano, onde o jogador tinha que identificar os sons de animais. Vale a pena lembrar outras, como: Motocicleta, Skate, Balão, e por aí vai...

O momento com a bruxa também chegou a ganhar algumas novidades. No inicio da temporada o pequeno duende de chifres tinha que puxar uma das três cordas, que poderia por fim nela ou nele mesmo. A escolha, é claro, era inteiramente do jogador, um momento de tensão marcado pela grande arranhada que a malvada fazia na tela da tv. Depois, o jogador também ganhou a opção de escolher se queria enfrentá-la puxando as cordas, num esquema com um baú do tesouro ou na chave do calabouço. Algo assim. Mas isto já vai além da minha memória...

Contudo, infelizmente ou não, Hugo saiu do ar há pelo menos 8 anos. Alguns jogos de plataforma para alguns videogames como o Playstation e o Game Boy Advance foram lançados. E nunca mais se falou dele. Se conseguiria fazer sucesso hoje em dia, fica a incógnita. Acredito que não. O que você acha? Em todo o caso, para a época, foi divertido enquanto durou. É, não tem chororô, esse jogo a-ca-bô.

No fantástico Youtube, é possível encontrar uns poucos vídeos para você matar a saudade ou conhecê-lo, caso não tenha sido transmitido onde você mora ou simplesmente tenha dormido no ponto. Como sou legal, já adianto um. E vou ficando por aqui. Só não desanima, que a vida termina!

Se o video não funcionar, clique aqui.