quinta-feira, dezembro 30, 2004

Deixados Para Trás

Imagine esta cena: Voce acorda em mais uma tipica manha ensolarada e resolve ligar a TV (só para ter algum ruído na casa e não se sentir tão sozinho (a), afinal seus pais não estão), enquanto caminha a passos desanimadores em direção ao banheiro, percebe que está passando noticiário na TV e logo pensa “Jornal a essa hora, que horror...”.
No banheiro, lá está você, de frente pra você mesmo, escovando os dentes e pensando na prova de Química e sua brilhante estratégia de “cola” quando (pela milésima vez) escuta a palavra “catástrofe” “morte” “pânico” “caos”, vinda do noticiário; Intrigado (a) você volta até a sala, ainda com a escova na boca, e quase que imediatamente descobre o significado para aquelas palavras – “Milhões de pessoas, e todas as crianças, de todo o mundo, desapareceram na noite passada, deixando roupas, carros desgovernados, acessórios e tudo mais... causando assim, morte e pânico para todos nós que ‘escapamos’ desse ‘fenomeno da natureza’ por enquanto, inexplicável...” Dizia a voz amedrontada de uma bela ancora de um dos Jornais mais bem conceituados.
“Desaparecimento mundial? Simultaneamente? Mas como?!” Era sua insistente pergunta mental, enquanto mudava de canal e percebia que todas as emissoras tratavam da mesma catástrofe.
Com uma terrível sensação de medo crescendo dentro de você, a coisa mais racional que lhe parecera haver, naquele momento, seria ligar para algumas pessoas afim de conseguir mais informações e saber se estavam todos bem. Primeiro para seu grande amigo de infância, que pra tudo, sempre, tinha uma explicação bíblica para dar; Ao pegar o telefone, percebe finalmente, que continua com a escova de dente na boca. Pronto, após livrar-se da escova e ter o alivio de constatar que a mesma passou de raspão, mas não acertou, aquela linda boneca de porcelana da sua mãe, começa, agora, a discar o numero da casa do amigo – “Porque não atende, porque... porque...” POF!!! Você bate o telefone na base como se a culpa de tudo isso fosse do próprio!
“Mamãe!”, agora começa a discar o numero do telefone celular de sua mãe... – “linhas congestionadas, por favor, tente novamente mais tarde” soou a voz de uma secretaria eletrônica.
“Oh, meu Deus!” De repente você se encontra sozinho (a) em casa, de repente a programação das emissoras mudam drasticamente para jornais e documentários sobre, de repente, um caótico e perigoso mundo... De repente, a “cola” na prova de Química transforma-se em algo trivial demais... De repente, milhões de pessoas e crianças desaparecem mundialmente, de repente, você poderá nunca mais se encontrar com as pessoas que mais ama... De repente, o lindo horizonte banhado pelo sol, agora, diante dos seus olhos, transforma-se cada vez mais, em uma densa fumaça rumo ao céu, de repente o som dos pássaros e das crianças brincando na rua, muda para, de repente, momentâneos ruídos de sirenes de ambulâncias vindos daqui e dali.. Tudo, de repente... De repente... De repente...

Continua na próxima atualização... Não perca!!!


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O Editorial da Informação deseja a todos um Maravilhoso ANO NOVO! Que possamos realizar nossos sonhos e ideais, mas que acima de tudo, não desistamos de alcançá-los! Que a paz do Senhor esteja com vocês, e pra 2005, aguardem um EI ainda mais forte! Obrigado, e comentem, por favor. ^^