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L embro-me quando, em 2002, comprei uma revista qualquer na banca. E no miolo dela havia um detonado de um game inusitado.
E por vários meses fiquei apreciando aquelas lindas imagens, lendo diversas vezes a introdução do detonado – e até mesmo o detonado completo em si.
“Um dia ainda vou jogar esse tal Kingdom Hearts, nem que seja a última coisa que eu faça!” Esse era meu constante pensamento. Afinal, eu nem sequer tinha o PS2, e as chances de tê-lo eram remotas.
Um ano se passou desde que comprei aquela revista. Finalmente, por influência do próprio game, consegui comprar meu Playstation 2 e pouco tempo depois: Kingdom Hearts!
::. .:: Qualidade Square; carisma Disney
Logo na abertura temos um verdadeiro colírio para os olhos, com uma bela CG surreal no tema “Hikari Remix” da cantora Utada Hikaru, em seu famoso J-pop.
Pouco a pouco, os famosos personagens Disney vão ganhando espaço junto com alguns dos memoráveis elementos de Final Fantasy. Deixando claro que este é um RPG de peso, qualidade e diferença.
A começar pelo protagonista principal – Sora. Um garoto estiloso, muito carismático e com uma determinação clichê de resgatar a querida Kairi.
A historia é perfeita e ao desenvolver da trama seu caminho se cruza com o divertido, e
Atrapalhado, Pateta e o nervosinho Pato Donald, que por sua vez precisam encontrar o Rei Mickey.
Formando assim, um trio unido por seus corações e prontos para uma jornada cheia de aventuras. Sem duvida, uma ótima parceria!
::. .:: Digno de uma obra Disney Pixar
A Disney é famosa por seus personagens carismáticos e suas histórias fantasiosas que sempre procuram passar uma “moral da historia” pra seu público.
Em KH não é diferente, e tem toda uma “lição de vida” por trás da sua história envolvente.
Não me surpreenderia se um dia Sora participasse de um longa-metragem Disney, quem sabe até como personagem principal. Pelo contrario, seria realmente muito legal.
Enquanto isso, no game, esteja pronto para presenciar um enredo sobre amor recíproco, com um final em CG emocionante.
::. .:: Você e sua Keyblade
Pateta usa um escudo, Donald um bastão mágico e Sora possui o poder da Keyblade – uma espada em forma de chave.
Com ela, você enfrentará os monstros da escuridão e usará seu poder para trancafiar esses Heartless – seres sem coração –, salvando o mundo das trevas.
As batalhas são frenéticas e em tempo real, desprezando loading times e partindo mais pra ação.
Nelas você comanda apenas Sora, enquanto Pateta e Donald lhe dão aquela ajuda, com inteligência artificial e de acordo com seus atributos pré-estabelecidos.
As magias são essenciais e possuem botões de atalho para acesso rápido – evitando lhe atrasar na hora da treta. Enquanto as Summons (invocações) cuidam da parte estratégica das batalhas, e são uma mão na roda. Por exemplo: ao invocar o veado Bambi, ele corre pelo cenário jogando montes e montes de esferas azuis; já a fadinha de Peter Pan, quando invocada, fica ao redor do herói Sora – como a fada do Link, em Zelda –, recuperando gradativamente sua energia de vida.
Tudo de acordo com as clássicas barras de HP e MP de qualquer RPG que se preze.
::. .:: Jornada entre os mundos...
Aliás, existem três tipos de esferas de energia que você coletará em KH: as coloridas darão pontos de experiência necessários para subirem de nível; as azuis lhe enchem a barra de MP; e as verdes, enchem sua barra de HP.
Explorando diversos mundos Disney, de desenhos como: Aladin, Pinóquio, Estranho Mundo de Jack, Peter Pan, Hércules, entre outros... E mundos exclusivos do game como o End of World.
Para passar de um mundo ao outro, você viajará pelo espaço em sua Gummi ship – uma nave que mais parece que foi montada com Legos. Podendo também ser personalizada... Mas nada muito empolgante, chega a ser tedioso as vezes.
Tudo isso e muito mais, fazem de Kingdom Hearts um game divertido, envolvente, emocionante, carismático e com um nível de desafio regular.
Prepare-se para virar fã de Sora, Kairi, Riku e os outros! Esta é uma franquia que tende a crescer e muito. Pra mim, uma das poucas que batem de frente com as famosas exclusividades da Nintendo.
Gráficos – 10
Jogabilidade – 8,5
Som – 9,5
Diversão – 10
Replay – 9,0
Dedão pra cima: É mais que um game. Uma obra prima!
Dedão pra baixo: Faltou mais animação em CG como a série FF. Câmera um pouco desconfortável.
Nota Final – 9,0
> Recomendadissimo! Deixe o preconceito de lado e vá detonar Heartless em busca do Rei Mickey e de Kairi!
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