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Verdade seja dita: impossível não admirar a Nintendo, como empresa. Ela tem o que falta em muitas multinacionais – mesmo no ramo não gamístico –.
Enquanto sua concorrência, Sony e Microsoft, visam o “mais-do-mesmo-porém-mais-potente”, a Nintendo toma um caminho peculiar sem pestanejar. É arriscado, sem dúvida é, mas, aqui, uma máxima nunca foi tão bem empregada: Quem não arrisca, não petisca!
Acontece que estamos no ano de largada da nova geração de consoles no mundo dos games, eis então que são anunciados o Playstation 3 (Sony), X-Box 360 (Microsoft) e, declarado como um code-name, Nintendo Revolution (Nintendo). Assim, inicia-se a grande polêmica. Não entendeu? Eu explico: enquanto a Sony e Microsoft simplesmente deram continuidade ao nome de suas plataformas originais, a Nintendo apareceu com um novo nome, não-oficial e totalmente inquisidor; sarcasticamente chamado de “Revolution”.
Em seguida, rumores e mais rumores sobre uma suposta “revolução na forma de se jogar videogame, fazendo jus ao nome do console" é anunciada, colocando mais lenha na fogueira. O resultado não poderia ser outro, especulação em cima de especulação. Até que os ventos começaram a dissipar a neblina, e o controle do novo console da Nintendo enfim fora revelado, surpreendendo à todos – seja positivamente ou não –.
O que aquela belezinha tem pra tanto alvoroço? O controle do até então intitulado “Revolution” teria um sofisticado sensor de movimento, que reconhece profundidade e dimensão, indo muito além de um mouse óptico ou de uma daquelas pistolas arcaicas encontradas em jogos de árcade. Imagine só, com um design limpo, lembrando os clássicos controles remotos de televisores, você, e toda sua família, experimentariam uma forma de jogar jamais vista, abrindo um leque enorme de diversificação e entretenimento. Isto é Nintendo Revolution. Oops, espere um momento, isto é Nintendo Wii!
Wii are go ahead!
Como dito acima, o novo console da Nintendo apresentava apenas um (estratégico) codinome. Mas não mais. Tudo bem, Revolution pode até vir a se tornar um tipo de “apelido carinhoso” para o console, contudo, agora o nome oficial foi revelado – nem preciso registra aqui o reboliço que mais uma vez a empresa de Satoru Iwata conseguiu trazer –, então, sem mais delongas, vamos direto ao prato principal...
Confiram um pequeno vídeo no site oficial.
Sim, o nome oficial do novo console da Big N faz um trocadilho interessante com a palavra “We” – “Nós” do inglês para o português. –, mantendo a mesma pronúncia.
A primeira vista pode parecer algo simplista de mais. Mas é só uma primeira vista. Ela usou o nome “Revolution” como um megafone, para anunciar seu console e intimidar a concorrência. Agora é chegada a hora de traçar a resposta, o caminho, na qual esta revolução abrangerá; vindo fresquinha em forma de nome oficial.
Wii é um nome fácil de ser lembrado e entendido, mundialmente. Os dois “i” já mostram a sacada da N em usa-los simbolizando os dois controles do console. Também fará um belo par de harmonia com o nome da exclusiva Nintendo Wi-Fi Connection. E, talvez o principal, Nintendo Wii acaba tendo, ao meu ver, um incrível potencial para o marketing direto de slogans criativos para a empresa; deixando-o completo e garantindo carisma e maior aceitação por parte do público.
Mas eu volto para o que lhes foi dito no primeiro parágrafo deste artigo, a Nintendo soube fazer uma ótima campanha. É um caminho paralelo, com muitas esperanças e poucas certezas. Sua proposta: um console sem restrições de idade, sexo e afins; uma nova exploração de jogabilidade, mais dinâmica e fora da mesmice; alcançar aqueles que nunca jogaram videogame, ou pouco jogaram, e estranham a evolução que esta chegou, cheia de botões e complicações.
Para aqueles que ainda estão de cara-emburrada pela mudança de nome, não se preocupe, a mensagem “Revolution” já fez o seu papel. A Revolução continua no Nintendo Wii, ela só ganhou um nome, uma definição.
“Wii will love it. And together, Wii will change everthing!”.