quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Acampamento 2005. Parte I



Sexta-feira, dia 04. E eu aqui em casa, arrumando minha mala para ir a um retiro, que, como de costume, é realizado na semana de carnaval.
Não sei dizer se eu estava ansioso pela viajem – que seria dali a algumas horas – mas, separando as roupas do guarda-roupa para a mala, uma preocupação surgiu: Droga, esta coisa ta ficando grande demais, vou passar a maior vergonha lá, eu pensava. Faltando menos de 1 hora pra sair, consegui fechar a mala e carregar a mesma – mais uma sacola com um cobertor grosso – até a cozinha.
O combinado, era todos nos encontrarmos na igreja as 19:00 sem atraso. Bom, enquanto entravamos no carro do namorado da minha prima, olhei rapidamente o relógio, na qual marcava 19:05. – “Ops, vamos chegar um pouc...”
– “Precisamos passar na casa de uma amiga pra eu pegar uma roupa pro jantar de Marrocos!” Exclamou minha irmã, Keli.
– “NÃO!!!” Gritamos em uníssono.
Meia hora depois, a Keli entrava novamente no carro, segurando uma sacola com roupas para o tal jantar. (risos)

Pronto, mais 5 minutos se passaram e chegamos (finalmente) na igreja, ao som de um “Aeeeeee...” do pessoal que nos esperava.
Enquanto o namorado da minha prima manobrava seu carro pra ir embora, eu subia as escadas do ônibus afim de guardar minha mala – a julgar por ela, parecia até que eu acamparia por umas duas semanas –.
Como se o nosso atraso já não bastasse, ainda tivemos que esperar alguns demorados minutos até o Adriano (namorado da Keli) chegar com seu carro – ele seguiria o ônibus para aprender o caminho –. O engraçado de tudo isso foi que, os dois responsáveis pelo atraso da nossa saída, são namorados! Já imaginou como será a vida de casado deles? Isso mesmo, um atraso de vida. (risos)

A viajem foi tranqüila, com muitos hinos, cânticos e brincadeiras; enfrentamos um congestionamento extenso, ao atravessar a primeira balsa; erramos o caminho e percorremos vários quilômetros à esmo; a Keli tomou um susto quando olhou para trás e não viu o carro do Adriano nos seguindo – “O meu moreno ficou pra trás, alguém pede pro motorista parar o ônibus e esperar o Adriano!!!” Ela dizia em tom histérico; e quando achamos o caminho (e o carro do Adriano sacolejava logo atrás de nós), conseguimos passar uma segunda balsa...

Pouco tempo depois, eu estava dentro do Sítio Paiquerê, deitado em um colchonete, em um dormitório escuro, com rapazes que não conhecia (e aparentemente não roncavam), imaginando como seria aquele dia, que por sinal eu teria que acordar as 7:00 da madrugada para tomar café da manha!
Gostaria de ter ficado mais tempo perdido em meus pensamentos, mas já passara da 1:00 da manha e, então, me vi obrigado a dormir...

Continua... ou não.

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